segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Boquinha na CNA: Kátia Abreu emprega irmão de Gleisi Hoffmann

Apontada como a figura central no governo Dilma Rousseff a promover uma série de ataques aos direitos indígenas, a ministra da Casa Civil, Gleise Hoffmann (PT), tem um irmão empregado na Confederação Nacional da Agricultura, comandada pela senadora Kátia Abreu (PDS-TO).

Juliano Hoffmann é gerente de projetos no Instituto CNA que é responsável por elaborar estudos e pesquisas ligados ao agronegócio, inclusive "Relatórios Estratégicos de Inteligência e Monitoramento". Além disto, o sítio divulga notícias ligadas aos ruralistas, entre elas a ida da ministra Gleise Hoffmann ao Congresso Nacional para explicar a demarcação de terras indígenas a partir da pressão dos próprios ruralistas em maio. Veja AQUI.

Em seu  twitter, Hoffmann se apresenta como “Supervisor Técnico da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) e CNACard”, além de Secretário Geral do CRMV-PR (Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná). Conforme seu currículo na plataforma Lattes, o vínculo do irmão da ministra com a CNA teve início em 2012, portanto quando Gleise já ocupava o cargo de ministra.

Briga entre os ruralistas
A aproximação de Dilma e Katia estaria promovendo uma “rebelião de base” na Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), representação político-ideológica do setor ruralista no Congresso Nacional, que estaria se articulando para montar uma chapa contra a Senadora na próxima eleição da CNA, prevista para setembro, revela matéria do Valor.

Entre os “gestos de aproximação” da chefe dos ruralistas e a presidenta estaria até um calendário distribuída pela CNA em todo o país com fotos de Dilma e Kátia.

Ainda segundo O Valor, o colégio eleitoral da CNA é composto pelos presidentes das 26 federações de agricultura estaduais mais a do Distrito Federal. Kátia tem domínio quase pleno sobre as federações das regiões Norte e Nordeste, com base, segundo fontes, em empréstimos aprovados pela diretoria da CNA. Os focos de maior rejeição se concentram no Distrito Federal, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo e, em menor grau, no Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Mas é difícil achar algum dirigente que critique abertamente a senadora.

Um episódio recente ajudou a acirrar os ânimos. No dia 14 de junho, os produtores rurais, estimulados pelas federações e pela FPA, decidiram fazer uma paralisação nacional no país para chamar a atenção para o conflito aberto que têm com os índios e a Funai, responsável pela demarcação de terras indígenas. A ideia era interditar as rodovias, mas a CNA defendeu manifestações à margem das rodovias, sem interdição, conforme defendia o Palácio do Planalto”, afirma o jornal.

O texto afima ainda que a senadora entra agora na reta final para decidir se deixa ou não seu partido rumo ao PMDB, para apoiar a reeleição de Dilma em 2014. A cúpula do PMDB considera haver chances reais de atraí-la. Para tanto, falta uma costura com o PMDB de Tocantins, onde o ex-governador Marcelo Miranda tem interesse em disputar o governo, mas possui problemas na Justiça. Kátia seria candidata a governadora ou à reeleição no Senado.
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